Saiba como o ciclo do café influenciou a economia brasileira

O ciclo do café aconteceu em meados do século XIX e terminou nos anos 1930. Sem dúvida, foi um dos períodos mais marcantes da história brasileira.

Veja o que esse momento trouxe de benefícios para o país, então, se você quer saber mais detalhes, continue a ler esse texto. Além disso, confira como está o consumo dessa bebida atualmente no Brasil.

Origem do café no Brasil

Ele chegou ao país em 1727, pelo militar Francisco de Mello Palheta, que conseguiu as sementes quando estava na Guiana Francesa.

O mesmo fez isso a pedido do governador do Maranhão e Grão Pará, João de Maia Gama, para resolver problemas na fronteira.

Início da produção do ciclo do café

As sementes trazidas pelo militar foram plantadas no Pará, mas apenas para consumo doméstico. 

Só no século XIX, depois que o cultivo da planta se espalhou para outros estados como, por exemplo, Rio de Janeiro e São Paulo, é que o café se tornou o principal produto da exportação brasileira.

Vale do Paraíba

A primeira região do Sudeste a receber plantações do grão de café, situado entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, tinha um clima e solo favoráveis para o cultivo da planta. 

Devido ao uso de técnicas arcaicas e mão de obra escrava, a terra deixou de ser produtiva. Dessa forma, o café passou a ser produzido em São Paulo.

Oeste paulista no ciclo do café

Foi o lugar ideal para continuar a produção cafeeira por motivos de:

  • Terras roxas”, conhecidas por serem bastante férteis; 
  • Bem como, clima adequado para as plantas crescerem;
  • Uso de novas tecnologias, como, por exemplo, arado e despolpador;
  • Substituição dos escravos pelos trabalhadores livres/imigrantes.

Por causa disso, SP se desenvolveu e se tornou um dos estados mais ricos do Brasil.

Consequências do ciclo do café

Os altos lucros da venda dos grãos trouxeram bastante transformações para o país, por exemplo:

  • Construção de ferrovias;
  • O desenvolvimento da região Sudeste;
  • Início da industrialização;
  • Modernização dos portos;
  • Crescimento da mão de obra livre;
  • A economia brasileira se sustentava apenas pelo café;
  • Concentração de poder político e econômico no Sudeste;
  • O surgimento dos barões do café.

Decadência do ciclo do café

Começou no final do século XIX, quando se produzia mais do que se vendia para o mercado externo, trazendo prejuízo aos cafeicultores.

Na tentativa de conter essa crise, em 1906, os maiores produtores do café no Brasil se reuniram com os governadores dos seus respectivos estados para tentar encontrar uma solução, a fim de resolver esse problema.

Esse encontro ficou conhecido como Convênio de Taubaté, que teve o seguinte acordo:

  • O governo compraria o excesso de produção, evitando o prejuízo dos produtores;
  • Assim, o café comprado, era estocado e colocado no mercado quando era necessário regular o preço dele;
  • Empréstimos em bancos estrangeiros eram feitos para fazer essa compra;
  • Produtores tinham que diminuir a criação e a expansão de novas lavouras.

Essa solução resolveu a questão durante um tempo, mas com a quebra da bolsa de Nova York em 1929, aconteceu de novo uma grande queda no preço do café.

Aí o governo brasileiro resolveu queimar milhares de grãos estocados e assim foi encerrado o ciclo do café.

Venda do café no presente

Atualmente, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de café no mundo e sua produção se concentra nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, bem como, Bahia e Espírito Santo.


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